John Carter, Perdido em Marte, Missão: Marte, Away… Não há dúvidas de que a ida do homem a Marte se tornou uma temática muito frequente em filmes e séries. A verdade é que, com os conhecimentos mais aprofundados sobre o nosso planeta vizinho e, principalmente, com a exploração do solo marciano feita pelos rovers, estamos nos aproximando cada vez mais de uma missão tripulada ao planeta vermelho.
Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol, o último entre os planetas chamados telúricos, ou rochosos. Apresenta cerca de 11% da massa da Terra, sendo o segundo menor planeta do Sistema Solar. Diferente de nosso planeta, que possui apenas um satélite natural, Marte possui dois: Fobos e Deimos, nomes dos irmãos gêmeos da mitologia grega (o deus do medo e o deus do terror).
Como um dos principais objetos de estudo da Geologia Planetária, a superfície de Marte é, de fato, muito interessante. Desde as primeiras sondas enviadas a Marte na década de 1960 muitas descobertas foram feitas sobre suas características geológicas. Algumas delas são descritas a seguir.
Composição Química
Com base nas amostras de meteoritos marcianos, é possível estimar a composição química de sua crosta, que é composta principalmente por silicatos de ferro e magnésio, consistente com a presença de rochas ultramáficas no manto e os basaltos ricos em magnésio na crosta. A forte presença de ferro, em especial na composição da hematita, é a responsável pela cor laranja-avermelhada em sua superfície, atribuindo a Marte o apelido de “planeta vermelho”.
Um comparativo entre as composições químicas de Marte e da Terra pode ser visto na tabela a seguir.
Geomorfologia
A Geomorfologia de Marte é intrigante, uma vez que, apesar de apresentar a erosão eólica como a principal modeladora de sua superfície atualmente, há muitas feições geológicas que comprovam que um dia existiu um ciclo hidrológico ativo no planeta. Algumas dessas feições, conhecidas como “stream valleys”, indicam antigos fluxos que fluíam encosta abaixo dos picos dos vulcões ou das bordas elevadas de grandes crateras de impacto. Entre essas feições, podemos citar a Nanedi Vallis, a Nirgal Vallis e a Vedra Valles.
Outra característica geomorfológica da superfície marciana são as crateras de impacto. Marte apresenta cicatrizes do impacto de objetos sólidos de diâmetros amplamente variados. As crateras mais antigas foram alteradas pela erosão e, em alguns casos, foram parcialmente preenchidas por fluxos de basalto, por rochas sedimentares depositadas em corpos d’água e por depósitos eólicos. As crateras jovens, por sua vez, estão bem preservadas, fornecendo informações sobre o tamanho do projétil e a composição das rochas presentes nas áreas-alvo.
Uma das feições mais conhecidas da superfície marciana são as Valles Marineris, cuja formação é especulada por diferentes teorias. A teoria mais aceita, porém, é de que, assim como o Rift Valley, é uma formação gerada por falhas sísmicas que foi se alargando pela erosão.
Vulcanismo
O vulcanismo de Marte possui grande relevância para a história geológica desse planeta. Os vulcões em Marte são divididos em três tipos:
– Montes: são muito grandes, provavelmente basálticos e de leves inclinações.
– Tholis: são menores e mais íngremes que os montes.
– Paterae: são muito variados; com inclinações muito rasas e caldeiras complexas.
Não é possível falar sobre a geologia de Marte sem citar o Monte Olimpo (Olympus Mons), que é simplesmente o maior vulcão de todo o Sistema Solar! Com 600 km de diâmetro, o Monte Olimpo é um vulcão extinto cuja caldeira poderia acomodar a cidade de Nova York.
Mas como é possível que exista um vulcão com tais dimensões? Uma explicação seria que, ao contrário dos vulcões havaianos, por exemplo, o Monte Olimpo não foi separado da pluma que servia de fonte de magma para suas erupções. Em outras palavras, não há placas tectônicas em Marte, o que permitiu que o vulcão fosse se desenvolvendo e crescendo cada vez mais.
Com todas as pesquisas que vêm sendo feitas sobre a geologia desse planeta, não fica dúvidas de como Marte é, de fato, muito interessante. Fica evidente também que ainda há muito para ser descoberto. Será que em breve estaremos explorando o planeta vermelho pessoalmente?
Referências:
Faure, G., Mensing, T. M., & Connolly Jr, H. C. (2008). Introduction to Planetary Science: The Geological Perspective. Journal of Geology, 116(3), 313-313.
Teixeira, W., de TOLEDO, M. C. M., Fairchild, T. R., & F.(Org.) TAIOLI. (2001). Decifrando a terra. Oficina Textos.
Valles Marineris. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/VallesMarineris. Acesso em: 14 de maio de 2021.
Vulcanismo em Marte. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/VulcanismoemMarte. Acesso em: 19 de maio.
Nada de novo e interessante a acrescentar, apenas a mesma tediosa repetição de sempre. Acho impressionante como a internet se tornou uma interminável repetição sem fim, só se copia uns aos outros sem nada a acrescentar de novo.
Olá! Seria interessante você sugerir algum conteúdo novo sobre o assunto. Assim poderemos analisar se a alteração é pertinente.
Neste link abaixo há um vídeo com informações sobre a geologia de Marte:
https://www.youtube.com/watch?v=cEoPX55rrqk
Obrigada pela dica, Claudemir!