Você conhece a Fotogeologia e o Sensoriamento Remoto?

Você conhece a Fotogeologia e o Sensoriamento Remoto?

 

O Sensoriamento Remoto se tornou um ramo de grande importância para os estudos hoje em dia porquê traz grande praticidade, ajuda e técnicas eficientes de interpretação de imagens. Tudo começou em 1860 com o norte-americano James Wallace Black, que fez fotos aéreas de qualidade (para a época em questão) em um voo de balão pela cidade de Boston.

Fotografia aérea da cidade de Boston em 1860 através de um passeio de balão de ar quente. Fonte: The Metropolitan Museum of Art, New York.

A partir daí houveram outras tentativas e a tecnologia foi se aperfeiçoando.

Em 1972 a NASA lançou o satélite ERTS-1, que deu início a um programa espacial focado no sensoriamento remoto dos recursos naturais terrestres, posteriormente denominado LANDSAT. Desde então, a tecnologia de sensoriamento remoto evoluiu muito, gerando imagens cada vez melhores e de maior resolução, as quais fornecem informações detalhadas da superfície da Terra até os dias de hoje.

Mas afinal, o que é sensoriamento remoto?

Sensoriamento Remoto é a tecnologia que permite a aquisição de informações sobre objetos sem contato físico com eles. O termo Sensoriamento refere-se a obtenção de dados por meio de sensores instalados em plataformas terrestres, aéreas e orbitais (satélites). Essa tecnologia envolve um conjunto de modernos sensores, equipamentos de transmissão de dados, aeronaves, espaçonaves, etc.

Interação Sol – Terra – Satélite

Daí, podemos pensar, em que essa tecnologia contribui para a Geologia?

Fotogeologia: É a interpretação de feições ou estruturas geológicas a partir de sensores remotos, sejam eles orbitais ou aerotranspostados.

A partir de tais definições entendemos um pouco sobre esta área de estudo não é mesmo?
Ela é de grande importância e complementa os trabalhos em Geologia. Deve ser uma atividade rotineira antes de todos os trabalhos de campo, principalmente em mapeamentos geológicos. Consiste em interpretar os elementos presentes na imagem da área, por exemplo: drenagens, vegetação, relevo, falhas, lineações, dobras, etc.

Imagem aérea mostrando duas texturas de relevo distintas, uma mais lisa (A) e outra mais rugosa (B). Escala de 1:15.000. Fonte: Tópicos Especiais em Cartografia Geológica – Rubens José Nadalin.

Na imagem da direita podem-se observar a diferença das lineações em feixe (A) em série (B). Escala aproximada 1:25.000. Fonte: Tópicos Especiais em Cartografia Geológica – Rubens José Nadalin.

Imagem á direita mostra uma fotografia aérea de relevo tabular onde é possível observar uma sequência de quebras topográficas positivas, em marron (+) e negativas, em azul (-). Escala 1:20.000. Fonte: : Tópicos Especiais em Cartografia Geológica – Rubens José Nadalin.

As quebras de relevo desenvolvem-se por resistência diferencial a erosão e(ou) intemperismo, limites entre camadas mais e menos resistentes são as quebras negativas, já as quebras positivas são limites de maior resistência a erosão.

Após se fazer as devidas interpretações, deve-se ir a campo e verificar se tais informações estão corretas e até mesmo incluir alguma nova informação, visto que somente as observações diretas dos afloramentos nos dão as informações exatas sobre eles.

Além da Geologia o Sensoriamento Remoto é utilizado em diversas áreas: Análises temporais (transformação da paisagem), estudos meteorológicos, estudos de bacias hidrográficas, agricultura (solos), planejamento urbano, estudos de vegetação, estudos geológicos, monitoramento de desastres ambientais, mapeamentos de áreas, etc.

Essas imagens são captadas através de diversos sensores, desde baixa resolução até alta resolução. Existem imagens gratuitas e imagens pagas, deve-se analisar a demanda do trabalho em questão e escolher a que irá melhor atendê-los.

Depois podemos fazer outro “post” com os sensores disponíveis no mercado, o que acham?

Gostaram do conteúdo? Deem a opinião de vocês. Até a próxima 🙂

 

Referências

ARCANJO, João Batista Alves. FOTOGEOLOGIA: Conceitos, métodos e aplicações. Salvador: Cprm, 2011. 146 p.

NADALIN, Rubens José. Tópicos Especiais em Cartografia Geológica. Curitiba: Ufpr, 2014. 291 p.

MATHEUS, Rafael Briones. – Como funciona e para quê serve o sensoriamento remoto? 2014. Disponível em: <http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/07/como-funciona-e-para-que-serve-o.html>. Acesso em: 24 jul. 2017.

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